Essa semana, que nem terminou ainda, já nos brindou com cenas de grande performance teatral. E nem estou falando a respeito da “prestação de contas” fantasiosa do prefeito cassado, na tentativa de justificar os 23 anos através dos quais perdura a obra inacabada do teatro municipal de Cascavel. Esse foi um caso à parte, pois não me é compreensível que um administrador que já cumpriu dois mandatos inteiros e um ano de um terceiro mandato (independente de que este tenha sido garantido mediante fraude eleitoral), ou seja, que já passou nove longos anos à frente da administração municipal não tenha sido capaz de terminar uma obra do porte da do teatro municipal e queira convencer a todos que é capaz de tocar a milionária obra do PDI, com a grana do BID.
A questão do teatro já se transformou em piada, de muito mau gosto, inclusive. O vice-prefeito cassado posta quase em tempo real uma obra de construção de uma nova “área” no autódromo, desta vez uma pista de motocross “internacional”, e se vangloria do tempo recorde em que a mesma foi executada, da mesma forma que foi a do próprio autódromo, no entanto, não conseguem terminar uma obra que o prefeito cassado em seu primeiro mandato já havia recebido praticamente pronta. Se hoje está obsoleta e requer adequações, isso se deve aos 23 anos passados, dos quais, repito, nove foram sob a administração de Edgar Bueno.
Bem, mas me referia a outras ilusões administrativas, como a do nosso governador, do mesmo partido de nosso vice cassado, o PSDB. Como qualquer pessoa em sã consciência pode acreditar que o Paraná será capaz de pagar o gigantesco empréstimo que o Ministro Marco Aurélio, na via judicial (da mesma forma que a liminar que mantém Bueno no cargo), determina seja concedido ao estado, se o atual administrador sequer consegue manter as viaturas das polícias militar e civil com o básico do básico: pneus e combustível? O CONSEG de Cascavel está preparando a realização de um bazar beneficente para com os recursos arrecadados fazer aquilo que o governador, assim como nosso prefeito cassado, não tem competência para fazer: administrar o básico.
Em Cascavel, com mais de 200 médicos, temos muito provavelmente um dos piores serviços públicos de saúde prestados por uma secretaria municipal. Estamos aí com uma CPI para inglês e a mídia verem, que cada vez que encontra uma irregularidade de grandes proporções muda o rumo das investigações. Por diversas vezes sugeri uma medida simples para os membros da CPI da Mídia, ou melhor, a CPI da Saúde: comparar o ponto eletrônico dos médicos com os prontuários de atendimento e verificarão, sem nenhuma dificuldade, que o caso do Dr. Jetson, ao contrário do que querem fazer crer, não é uma exceção. A propósito, você, leitor, sabia que ele continua trabalhando para o município? Que foi afastado de um dos dois vínculos (contratos) que tem, e continua atendendo através do outro, como se nada tivesse acontecido?
Se os médicos não trabalham sequer as horas para as quais são contratados, você acredita que cumpriram as cargas de horas-extras absurdas que garantiram para mais de 20 profissionais valores de até mais de R$ 30 mil em horas-extras em apenas um mês? Tem muito mais coisa que nem você, tampouco eu acreditamos, que fazem parte dessa administração de ilusões. Na próxima semana vários mistérios da saúde serão descortinados, mas não se iludam que não será através da CPI...